Brasil é o único País a ter um escritório no Programa Mundial de Alimentos da ONU

09/05/2013

O Brasil tem o único escritório do Programa Mundial de Alimentos (PMA) da ONU cujo propósito principal não é a distribuição de alimentos ou arrecadação de doações. O Centro de Excelência Contra a Fome, localizado em Brasília, é uma parceria entre o Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas e o Governo do Brasil, que busca ser um espaço de intercâmbio de experiências, de desenvolvimento de capacidades e de promoção da cooperação sul-sul.

 

Daniel Balaban, diretor do centro, visitou a sede do Instituto Lula em São Paulo na semana passada para apresentar o trabalho do PMA no Brasil e para conhecer melhor o Instituto Lula. “Boa parte do nosso trabalho é atender representantes de países que querem implantar os programas sociais brasileiros em seus países”, conta Daniel. Apesar de o Bolsa Família ser o programa mais conhecido, Daniel destaca que a combinação de vários programas intersetoriais, incluindo o Agricultura Familiar e o Programa de Alimentação Escolar foram fundamentais no combate à fome e à miséria. “Os países africanos não querem mais somente o auxílio assistencialista, em dinheiro, eles querem o conhecimento para produzir localmente o alimento que precisam”. Atualmente no Brasil, graças ao programa de alimentação escolar, pelo menos 30% dos alimentos usados na merenda escolar de cada escola vêm da agricultura familiar.

 

Celso Marcondes, coordenador-executivo da Iniciativa África do Instituto Lula, recebeu Daniel Balaban e apresentou o próximo grande evento programado pelo Instituto, o encontro “Novos enfoques unificados para acabar com a fome na África”, a ser realizado na Etiópia, nos dias 30 de junho e 1º de julho deste ano. O encontro, organizado pela União Africana e pela FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação) pretende reunir as principais iniciativas de combate à fome no continente africano.

 

O Centro de Excelência contra Fome, inaugurado em 7 de novembro de 2011, atendeu no ano passado delegações de 18 países que pediram para conhecer melhor as experiências brasileiras nas áreas de alimentação escolar, nutrição e segurança alimentar e nutricional. Além de conhecer os programas detalhadamente em teoria, os representantes também visitam localidades onde esses programas já estão funcionando no Brasil.